Ao pedir sua mão foi concedido
Pela voz cansada do seu pai
Pra nudez eu tirei o seu vestido
Seu amor com o meu foi corrompido
Muitas noites de frio me aqueceu
Só recordo quando um dia enlouqueceu
E fez arder o fogo intenso da paixão
Posso até não ganhar seu coração
Mas o resto do corpo já foi meu.
Sua boca eu beijei diversas vezes
Toquei sua silhueta com carinho
Abracei com furor o seu corpinho
Suas pernas toquei por muitos meses
Cheio de vinho e wisque escoceses
Possuía com ternura tudo seu
Mais a minha esperança não morreu
Ainda vive na minha ilusão
Posso até não ganhar seu coração
Mas o resto do corpo já foi meu.
Muitas noites debaixo dos lençóis
Meus suspiros de amor eternizavam
Suas lágrimas no rosto derramavam
Seus cabelos pareciam caracóis
O sofrimento atingiu cada um de nós
Recordando seu suor o que me deu
As lembranças d’um amor que padeceu
Que um dia era a chama d’um vulcão
Posso até não ganhar seu coração
Mas o resto do corpo já foi meu.
José Ilton de Souza
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